sábado, 2 de abril de 2016

Síria. História de um país ate os dias atuais. Parte 03

Terceira parte ... Caso não tenha visto a primeira parte clique aqui, a segunda parte clique aqui

Em 1960, conflitos na fronteira entre tropas sírias e israelenses acontecia com frequência. Com isso em 5 de junho de 1967 eclodiu uma guerra entre Israel e os países árabes (Síria, Jordânia e Egito) de seis dias. Essa "guerra" conflito ocorreu pois Israel havia ocupado vários territórios árabes  inclusive as colinas de Golã, no sudoeste da Síria. 

Síria e Israel continuaram lutando em Golã e, a tensão entre os dois países era agravada pela presença de milhares de refugiados em territórios sírios. Em 1973 a Síria juntamente com outros países árabes atacou Israel justamente no feriado judaico do Yom Kipur. 
A trégua pôs o fim da maior parte dos conflitos apesar de que as tropas de ambos os países continuaram a combater até maio de 1974. Em 1976 a Síria enviou tropas para o Líbano para resolver um conflito cível naquele país porem, ao invés de ajudar no conflito as tropas de paz se transformaram em força de ocupação e a Síria continuou no país vizinho ate 1998.

Voltando em 1982 aconteceu o crescimento do fundamentalismo islâmico o que tornou uma ameaça á estabilidade e hegemonia do partido Baath. E nesse mesmo a repressão fundamentalistas resultou em quase 20 mil mortes e levando vários países árabes a se afastar da Síria pois, estava se aproximando da União Soviética.

Nessa época o país era governado por Hafez al-Assad e, com a crise do socialismo, em 1991 ele se voltou para o ocidente apoiando os EUA na Guerra do Golfo. Com isso o país passou a receber empréstimos e investimentos do Kuwait, dos EUA e da União Européia. Assad também foi obrigado a promover mudanças econômicas e politicas, diminuir a participação do Estado na economia, privatizar companhias estatais e facilitar a entrada de empresas estrangeiras no país. Em 1993 o governo libertou vários presos políticos.

Em 1995 foi retomada as negociações com Israel sobre a devolução das colinas de Golã, mas suspensas no ano seguinte porque Israel se recusava a devolver esse território. Em 1996 a Síria deslocou 40 mil soldados para a fronteira com a Turquia devido a uma serie de atentados a bomba. O governo sírio suspeitou que os grupos responsáveis contassem com o apoio do governo daquele país, que estaria interessado em desestabilizar o governo de Assad.

As negociações de paz entre Israel e palestinos foi mediada pelos EUA que retirou da Síria o papel de principal interlocutor nessa questão. No plano interno, o governo continuou a anistiar presos políticos.

Em 1997 surgiu um novo grupo fundamentalista chamado Movimento Islâmico pela Mudança que promoveu uma séria de atentados. Pelo nordeste do país, os curdos que estavam lutando pela criação de um Estado passou a apoiar curdos de países vizinhos tornando uma ameaça ao governo de Assad.

Hafez al-Assad estava com a saúde debilitada e se começou a se preocupar com sua sucessão, dando inicio a uma serie de disputa interna no partido Baath. Principalmente também por que o filho mais velho dele havia morrido em um acidente de carro considerado suspeito pelo governo.
O filho mais novo assumiu o cargo de comandante-chefe do Exército. Assad morreu em junho de 2000.

À Assembleia do Povo reuniu-se para diminuir de 40 para 34 anos a idade mínima para que uma pessoa possa se tornar presidente do país, tudo isso para que o filho pudesse sucedê-lo. Na Síria e na maioria dos países árabes o sistema politico é caracterizado pela República Dinástico.

Devido a pressão de intelectuais sírios, o presidente teve que implementar um regime mais liberal assim, surgiu novos partidos, dois jornais não controlados pelo governo e 600 presos políticos foram libertados. Mas, como nem tudo são maravilhas, aconselhado pelo Baath o presidente proibiu a realização de reuniões para debater reformar no governo.

Em junho de 2001 a Síria retirou suas ultimas tropas de Beirute, capital do Líbano. Em maio de 2002 os EUA incluiu o país no chamado "eixo do mal", que são países acusados de patrocinarem o terrorismo, também acusou o governo sírio de possuir armas de destruição em massa.

No ano seguinte os EUA ameaçou impor sanções diplomáticas e econômicas contra o país que negou envolvimento com programas de armas químicas, nucleares e biológicas. Em setembro, Mohammad Naji al-Otari, membro do Baath, foi nomeado primeiro-ministro em substituição a Muhammad Mustafa Miru, que renunciou.

Em janeiro de 2004, o presidente Bashar fez a primeira visita de um chefe de Estado sírio à Turquia, marcando o fim de décadas de mau relacionamento. A Turquia se comprometeu a mediar a disputa entre Síria e Israel pelas colinas de Golã, tomadas dos sírios pelos israelenses em 1967 e anexadas em 1981. Além disso, Síria e Turquia mantêm interesses comuns na questão dos curdos do Iraque, especialmente após o fim do regime de Saddam Hussein, pois esse grupo étnico também ocupa territórios turcos e sírios, onde é bastante numeroso.





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