domingo, 26 de julho de 2015

New Horizons - Missão Plutão

Em 19 de janeiro de 2006 a NASA lança a sonda New Horizons em direção a Plutão, o hoje,  planeta-anão e ate então o ultimo do nosso sistema solar. Aqui iremos contar sobre essa missão que está deixando cientistas, astrônomos e apaixonados pelo espaço sem dormir.

Uma viagem de 9 anos e uma distancia de 5 bilhões de quilômetros (a distância entre Plutão e a Terra) finalmente a sonda chega ao misterioso planeta-anão e se torna o primeiro a realizar tao façanha. O  custo aproximado foi de US$ 700 milhões desde 2001 (sim leitores, foi mais barato projetar a sonda, desenvolver os equipamentos a bordo, tudo envolvido com o lançamento, a operação da missão, a coleta e tratamento dos dados recebidos do que a copa do mundo no Brasil que durou apenas um mês e foi construído somente as arenas para os jogos e nada mais).
O objetivo ao enviar a sonda é estudar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e suas luas, além de mapear suas superfícies através de imagens de alta definição. Também está incluído o estudo as variações da superfície, a atmosfera de Plutão alem do estudo de suas luas.

¡ A sonda !

A sonda pesa aproximadamente cerca de 478 kg tem formato triangular medindo 0,68 x 2,11 x 2,74 metros de lado. Incluí sete instrumentos para a missão, sendo:

Ralph: Imagens visíveis e infravermelhos / espectrômetro; fornece cor, composição e mapas térmicos.

Alice: Espectrômetro de imagem ultravioleta; analisa composição e estrutura da atmosfera de Plutão e estuda atmosferas em torno de Charon e objetos do Cinturão de Kuiper (KBOs).
REX: (Radio Science EXperiment) Mede composição atmosférica e temperatura; radiômetro passivo.
Lorri: (Long Range Reconnaissance Imager) Câmera telescópica; obtém os dados de encontro a longas distâncias, mapas farside de Plutão e oferece alta resolução de dados geológico.

SWAP: (Solar Wind Around Pluto)Ventos solares e espectrômetro de plasma; mede atmosférica "taxa de fuga" e observa interação de Plutão com o vento solar.
PEPSSI: (Pluto Energetic Particle Spectrometer Science Investigation) Espectrômetro de partículas energéticas; mede a composição e densidade do plasma (íons) que escapa da atmosfera de Plutão.

SDC: (Student Dust Counter) Construído e operado pelos alunos; mede a poeira espacial salpicando New Horizons durante a sua viagem através do sistema solar. (Fonte: site da NASA)
Credits: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute

¡ Lançamento e trajetória !

A New Horizons - acoplada no foguete Atlas V - foi lançada em 19 de janeiro de 2006, oito dias após o programado devido a uma inspeção nos tanques e também nuvens baixas na rota do foguete, ventos fortes e problemas técnicos sem relação com o próprio foguete. O lançamento foi um sucesso.












¡ Plutão !


Após essa longa viagem e cheia de perigos em 4 de janeiro de 2015 a sonda começou seu trabalho tirando algumas fotos com seus instrumentos, sendo apenas alguns pixels. Esse primeiros pixels seria importante para ajudar os navegadores da missão na concepção de manobras de correção de curso, que modificariam a trajetória para colocar precisamente a nave no curso de aproximação. A nave tambem irá tirar fotos e estudar as luas de Plutão:Caronte, Nix, Hydra, Cérbero e Estige

Em 14 de julho de 2015 a nave fez um sobrevoo passando pelo ponto mais próximo do planeta. Nessa parte ela começou a enviar fotos de alta qualidade de Plutão deixando todos maravilhados. Essa imagens fizeram os cientistas terem uma visão clara e inédita permitindo ate que batizassem algumas regiões do planeta, a mais conhecida é Tombaugh Regio, o coração.

Gelo em movimento aumenta chance de um oceano líquido submerso. Foto: Nasa / Divulgação



A Nasa divulgou na tarde desta quarta-feira (15) uma foto de Charon, a maior lua de Plutão. Registrada pela sonda New Horizons, a imagem é a melhor que a espaçonave conseguiu fazer, e possui resolução de 2,4 quilômetros por pixel. A foto foi feita com o instrumento LORRI, uma câmera de alta-resolução que está a bordo da New Horizons. O registro foi realizado na segunda-feira (13), às 23h41 (horário de Brasília), a 466 mil quilômetros de distância do satélite, antes que a espaçonave iniciasse seu rasante sobre Plutão.

Outras fotos de Charon, com melhor resolução, provavelmente serão enviadas pela New Horizons nos próximos meses, mas elas devem ter sido registradas quando a sonda estava perto demais da lua. Assim, apenas algumas partes da superfície do satélite irão aparecer.

A imagem mostra que o satélite tem um cânion profundo, com quase 10 quilômetros de profundidade. Além disso, Charon é marcada por uma série de penhascos e valas, que se extende por mais de mil quilômetros entre o nordeste e o sudeste da lua. No polo norte, uma área mais escura foi batizada de "Mordor" pelos pesquisadores. Apesar de ser considerada uma lua de Plutão, Charon é tão grande que, na realidade, os dois corpos celestes orbitam um ao outro. Os astrônomos chamam Plutão e Charon de "planetas binários".

Um estudo publicado na revista Nature afirma que a influência gravitacional de Charon e Plutão é tão forte que chega a afetar as órbitas das outras luas de Plutão, fazendo com que elas percorram caminhos totalmente imprevisíveis no espaço sideral.

As imagens devem fornecer mais informações sobre a composição desses satélites, algo desconhecido pela ciência até que a New Horizons chegasse até Plutão. (Fonte: Nasa)

A NASA anunciou nesta sexta-feira (24) que capturaram através dos instrumentos da nave presença de geleiras flutuantes na superfície de Plutão. As fotos também revelam sinais de atividade geológica recente - algo com que os cientistas não contavam.

REGIÃO DAS GELEIRAS FICA NA FRONTEIRA ESQUERDA DO "CORAÇÃO" (FOTO: NASA)

“Nós só vimos superfícies como essa em mundos ativos como a Terra e Marte”, disse em comunicado o co-investigador da missão, John Spencer. “Eu realmente estou sorrindo”, comentou. 

O padrão de cores dos terrenos de Plutão são mais escuros no equador e vão ficando cada vez mais claros na direção do pólo norte. Através da análise de imagens com tons otimizados, os cientistas da missão estão interpretando este padrão como o resultado de um fluxo sazonal de gelo que é transportado do equador até o pólo.

A região com as geleiras, chamada de Sputnik Planum e apelidada de “o coração do coração”, é rica em gelos exóticos feitos a partir de nitrogênio, monóxido de carbono e metano. “Nas temperaturas de -198º C em Plutão, estes gelos podem flutuar como uma geleira”, explicou Bill McKinnon, cientista da missão. (Fonte: NASA)

REGIÃO SUL DA SPUTNIK PLANUM CONTÉM PLANÍCIES CONGELADAS A GRANDES MONTANHAS (FOTO: NASA)


Plutão e sua lua Carone. Fonte: NASA


Silhueta de Plutão, mostrando sua atmosfera. Fonte: Nasa


¡ Uma breve despedida !

O caso de amor da humanidade com Plutão terá de ser interrompido, pelo menos por alguns meses. Mas, antes de dizer adeus ao planeta anão, a sonda New Horizons enviou algumas últimas fotos da despedida para a Terra. Elas serão as últimas imagens que teremos de Plutão até setembro, tempo necessário para que a Nasa consiga baixar boa parte dos dados que a espaçonave registrou durante seu rasante, em 14 de julho.

A primeira foto une quatro registros feitos pela câmera LORRI, da New Horizons. O mosaico é considerado pelos astrônomos como a melhor imagem colorida de Plutão já registrada. A imagem foi feita em 13 de julho, quando a New Horizons estava a 450 mil quilômetros de distância do planeta anão.


Outra foto divulgada é uma espécie de despedida da New Horizons de Plutão, mostrando a silhueta do ex-planeta, quando ele ficou na frente do Sol em sua translação. A imagem foi feita em 15 de julho, quando a sonda já havia ultrapassado o planeta anão, e mostra a atmosfera nebulosa de Plutão.

“Essa é a imagem que quase levou às lagrimas os cientistas atmosféricos da equipe”, diz Michael Summers, coinvestigador da missão New Horizons. Durante 25 anos, os cientistas acreditavam que Plutão possuía uma atmosfera, mas não conseguiam provar. A foto mostra que o planeta anão realmente tem uma camada nebulosa, que é quase cinco vezes maior do que os cientistas previam.






A camada nebulosa também pode ser a chave para entender a cor vermelha da superfície de Plutão. Cientistas atmosféricos acreditam que partículas de metano presentes na atmosfera de Plutão são bombardeadas por raios ultravioleta, formando outros compostos como etileno e acetileno, que finalmente geram hidrocarbonetos de cor vermelha.

Então, olhe bem para as fotos acima. Essa será a última vez que teremos notícias de Plutão até setembro, quando a New Horizons voltará a enviar imagens de seu passeio sobre o planeta anão.

Fonte: Nasa

Compartilhar:
←  Anterior Proxima  → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Comments system

Calcule seu Seguro Auto Tokio Marine

Total de visualizações