Ola leitores do blog, hoje iremos contar sobre outro conflito em que o Império do Brasil estava presente. A Guerra Cisplatina, ou campanha da Cisplatina, ocorrida entre o Império e Províncias Unidas do Rio da Prata. Não deixe de comentar e sugerir temas, sugestões e criticas. Leia a matéria completa.
Ocorrida entre 1825 e 1828 essa foi mais um conflito em que o Império do Brasil entrou na América do Sul. A região cisplatina sempre foi disputada por todos os países da região sul do continente pois quem controlasse essa região teria grande poder naval na Bacia do Rio da Prata. Conflitos entre Portugal e Espanha na America era costumeiros devido a interesses políticos e econômicos.
Anteriormente em 1680 essa província era chamada Colônia do Sacramento e até então era colonia de Portugal. Mas em 1777 ela foi anexada aos domínios espanhóis através de tratados. Com a anexação ela foi colonizada de acordo com os espanhóis.
Nesse período houve a independência da Províncias Unidas do Rio da Prata e consequentemente a criação de um território na parte mais oriental do continente - hoje o Uruguai - também houve a transferência da coroa portuguesa para o Brasil. Em 31 de julho de 1831 a coroa anexou a região ao Reino Unido de Portugal e Alvarges, denominando-a de Província Cisplatina.
Essa anexação forçada não foi bem vista nem habitantes da região cisplatina pois eles tinham costumes, línguas próprios não tendo nada a ver com os portugueses e assim liderados por Juan Antonio Lavalleja se organização para declarar a independência da região.
O conflito acabou eclodindo em 1825, quando líderes militares orientais, como Lavalleja e Fructuoso Rivera proclamaram a independência da região. Lavalleja desembarcou com suas forças na praia da Agraciada e, com o apoio da população, declarou a incorporação da Província Oriental às Províncias Unidas do Rio da Prata. Em resposta, em 10 de dezembro, o governo imperial brasileiro declarou guerra às Províncias Unidas, que retribuíram a declaração de guerra em 1º de janeiro de 1826.
Juan Antonio Lavalleja |
A Argentina estava apoiando a província nesse conflito com suprimentos, mas na verdade ela queria mesmo era anexar a Cisplatina em seus territórios apos o conflito. Reagindo, a coroa declarou guerra aos argentinos fazendo-a gastar muito dinheiro publico.Os brasileiros não estava interessados nesse conflito devido aos gastos e também a coroa não ter muitas tropas qualificadas para tão.
Um exercito argentino apoiando Lavalleja atravessou o Rio da Prata e montando acampamento em Durazno, assim comandado pelo general Carlos Maria de Alvear deu-se inicio a invasão as terras brasileiras. O visconde de Barbacena estava no comando das tropas imperiais, defendendo contra a invasão na chamada batalha de Ituzaingó.
Para apoiar o imperador enviou uma esquadra para bloquear o estuário do rio da Prata, assim como o porto de Buenos Aires. Em resposta a Argentina enviou um ataque no litoral brasileiro sendo logo contido pela marinha.
As tropas do Império do Brasil era em sua maioria voluntários pois estava enfrentando varias rebeliões populares e levantes militares pós independência. Em 1826 essas tropas fizeram uma ofensiva terrestre a partir do sul do Brasil.
A falta de um exército sistematizado e o gasto na contenção de outras revoltas no Brasil, forçou Dom Pero I a reconhecer a independência da região Cisplatina. Com o fim da guerra, o governo brasileiro assinou o acordo estabelecido pelo Tratado de Montevidéu. Conduzido por autoridades britânicas e francesas, o tratado oficializou a criação do Estado Oriental do Uruguai.
¡ Conseqüências !
A perda da Província Cisplatina foi um motivo adicional para o crescimento da insatisfação popular com o governo de D. Pedro I. Na realidade, a guerra era impopular desde o início, pois para muitos brasileiros representava aumento de impostos para o financiamento de mais um conflito.
Quando o Império do Brasil assinou o acordo pela independência da região, muitos utilizaram isto como argumento para tornar ainda mais impopular o governo, alegando que o imperador havia depauperado os cofres públicos e sacrificado a população por uma causa perdida.
Entretanto, a guerra da Cisplatina não foi uma causa direta para a abdicação do imperador, em 1831. Ela se insere dentro de uma conjuntura que concorreu para a sua queda. Entre as causas da abdicação, sem dúvida, o estilo centralizador de governar foi o principal.
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