terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Estados do Brasil: Amapá

Olá a todos, continuando nossas matérias sobre os estamos do Brasil hoje iremos falar sobre o Amapá.










Localizado na região Norte do Brasil, é umas 27 unidades da federação. Tem 142 828,521 km² de área, sendo delimitado pelo estado do Pará a oeste e sul, pela Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste e o Suriname a noroeste.
Uma curiosidade do estado é que 72% da sua área é destinado a unidade de preservação e/ou terras indígenas, sendo um dos estados com a mais área preservada em seu território.

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São dezenove unidades de conservação que perfazem cerca de 9,29 milhões de hectares, tornando-o, o único estado da federação a destinar um percentual tão significativo de suas terras para a preservação. O Amapá abriga o maior parque nacional do país (Montanhas do Tumucumaque) e um dos maiores do mundo com quase 3,9 milhões de hectares. O parque, localizado ao noroeste do território estadual, é de extrema relevância por apresentar um elevado número de espécies endêmicas e abrigar em seu entorno diferentes grupos étnicos - índios, ribeirinhos, castanheiros.

          ¡ História!
A história do estado se confunde com as civilizações amazonenses de cerca de 2000 a 1000 anos atras. Indígenas das etnias Waiãpi, Palikur, Maracá-cunani e Tucuju foram os primeiros habitantes da região. Vestígios da ocupação humana pré-colombiana podem ser verificados nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológico do Solstício, a "Stonehenge do Amapá", em Calçoene, que data de pelo menos 2000 anos.

Parque Arqueológico do Solstício - Stonehenge do Amapá


¡ Guiana Portuguesa!

No século XVI o território do atual Amapá pertencia aos espanhóis pelo Tratado de Tordesilhas assinado entre Portugal e Espanha em 1494. No entanto ambos os países somente viriam a explorar a região entre 1580 e 1640 época em que o rei da Espanha também governava Portugal.

Franceses, ingleses e neelandeses tiveram interesses no território que chamava Costa do Cabo do Norte. Do território eram extraídos madeira, resinas, frutos corantes e produtos animais que eram enviados a Europa

O atual estado brasileiro do Amapá foi chamado de Guiana Portuguesa até meados do século XX. Da mesma forma, a região administrativa da Guayana, na Venezuela atualmente é conhecida como Guiana Espanhola.

¡ As concessões !

Os portugueses começaram a explorar essa região amazônica e inquietavam-se com a interferência estrangeira, principalmente francesa. Em 1637, Bento Maciel Parente obteve de Filipe II a concessão de todo o Cabo Norte como capitania hereditária. 

Mas nem depois dessa concessão as invasões francesas diminuíram, pelo contrario mantiveram o ritmo. Os franceses baseavam suas pretensões em cartas-patentes de 1605 com que o rei Henrique IV fizeram a Daniel de la Touche, sire de La Ravardière, seu lugar-tenente nas regiões da América "desde o rio das Amazonas até a ilha da Trindade. Em 1694, o marquês de Ferrolles, governador de Caiena, pretendeu que a fronteira passasse por uma imaginária "ilha Oiapoque", na própria foz do Amazonas. 

Em 1836, os franceses estabeleceram um efêmero posto militar na margem do lago Amapá, abandonado graças à intervenção britânica. Em 1841, Brasil e França concordaram em neutralizar o Amapá até a solução da pendência. No entanto, todas as conversações posteriores (1842, 1844, 1855, 1857) fracassaram. Só vingou uma declaração de 1862 sobre a competência comum para julgar os criminosos do território.

Em 1853 o senador Cândido Mendes de Almeida propôs a criação da província de Oiapóquia. A população local também pleiteava essa medida mas sempre sem resultado. Em 1886 uma república francesa independente foi criada na região do Cunani, entre Caciporé e o Rio Calçoene. Foi eleito Jules Gros como presidente que instalou o governo em seu apartamento em Paris. Nomeou o ministério e criou uma ordem honorífica, a Estrela do Cunani rendendo-o grandes lucros

Primeira bandeira da República de Cunani (1886-1887).
Com a proclamação da República a situação na região fronteiriça ficou caótica. Seus habitantes elegeram, então, um triunvirato governativo (1894): Francisco Xavier da Veiga Cabral, chamado o "Cabralzinho", cônego Domingos Maltês e Desidério Antônio Coelho. Os franceses nomearam capitão-governador do Amapá o preto velho Trajano, cuja prisão provocou a intervenção militar da Guiana. A canhoneira Bengali, sob o comando do capitão Lunier, desembarcou um contingente de 300 homens e houve luta. Lunier foi morto com 33 dos seus. Em 1897, França e Brasil assinaram um tratado de arbitragem.

O barão do Rio Branco, vitorioso dois anos antes na questão de limites com a Argentina, foi encarregado (1898) de defender a posição brasileira perante o conselho federal suíço, escolhido como tribunal arbitral. Em 5 de abril de 1899, Rio Branco entregou sua Memória apresentada pelos Estados Unidos do Brasil à Confederação Suíça, e em 6 de dezembro do mesmo ano uma segunda memória, em resposta aos argumentos franceses. Como anexo, apresentou o trabalho de Joaquim Caetano da Silva O Oiapoque e o Amazonas, de 1861, em que se louvara e que constituía valioso subsídio ao estudo da matéria. Reunidos, os documentos formavam cinco volumes e incluíam um atlas com 86 mapas. A sentença, de 1º de dezembro de 1900, redigida pelo conselheiro federal coronel Edouard Müller, deu a vitória ao Brasil, que incorporou a seu território 260.000 km².

¡ Território Federal do Amapá e estado federado do Brasil !

Em 1943, o Governo Federal através do Decreto-Lei 5,812/43 criou o Território Federal do Amapá. E até 1957 houve varias divisões internas de municípios e regiões até se chegar ao estado em que conhecemos hoje.

Apos a Constituição Federal de 1988 foi decidido a transformação de território federal para unidade da federação que ocorreu em 1991.

O povoamento da região teve grande impulso a partir do século 19, com a descoberta de ouro, nas cabeceiras do rio Calçoene, e a exploração da borracha. No século 20, a ocupação do território foi principalmente determinada pela mineração. A população do Amapá foi recenseada pela primeira vez em 1950 e tinha 37 mil habitantes. Em 2013, são 735 mil habitantes.
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