sexta-feira, 22 de abril de 2016

Estados do Brasil: Acre

Olá a todos, como está? Você conhece o Acre? Sim... ele existe rs... tirando a brincadeira a parte que quem mora lá com certeza não gosta nem um pouco. Hoje vamos falar sobre a história desse estado que contribuiu e contribui muito para o país.
O Acre é um dos 27 estados brasileiros sendo o mais novo, tendo Rio Braco como capital. Segundo o sitio do governo do estado ele é o 15º em extensão territorial, com uma superfície de 164.221,36 Km², correspondente a 4,26% da Região Norte e a 1,92% do território nacional. Os limites do Estado são formados por fronteiras internacionais com Peru (O) e Bolívia (S) e por divisas estaduais com os estados do Amazonas (N) e Rondônia (L). As cidades mais populosas são: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá e Sena Madureira.

Bandeira do Acre



Mapa do estado

O nome Acre surgiu de “Aquiri”, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa dos índios Apurinãs, os habitantes originais da região banhada pelo rio que empresta o nome ao estado. Os exploradores da região transcreveram o nome do dialeto indígena, dando origem ao nome Acre. Outra história diz que o nome Acre, passado do rio para o estado, em 1962 é derivado talvez pela palavra tupi a'kit ü que significa "rio verde" ou de a'kir, do verbo ker que tem o significado de "dormir, sossegar". mas é quase certeza de que essas raízes etimológicas são as que deformam a palavra Aquiri

          ¡História!
             
Após a independência das colonias espanholas, o Brasil reconheceu aquela região do Acre como território da Bolívia através do Tratado de Ayacucho (1867) apesar de não dar muito importância para esse tratado.

Apesar do território pertencer a Bolívia, o país não tinha nenhuma ocupação na região pois simplesmente não tinha interesse e os habitantes da região era índios. Porem, quando foi descoberto que na área possuía grande numero de árvores seringueiras de onde podia extrair o látex, muitos brasileiros principalmente nordestinos começaram a se mudar para lá a fim de acumular alguma riqueza. Essa migração inciou em 1852 mas foi em 3 de abril de 1877 que tomou grandes proporções.

Nessa época, o presidente Aniceto Arce, da Bolívia, foi alvo de um golpe de estado comandado pelo então coronel José Manuel Pando. Este, derrotado, se refugiou no Acre, ocasião em que percebeu que a ocupação brasileira já tomava proporções alarmantes.

Pando governou a Bolívia entre 1899 e 1904, como general.  Em 1898 a Bolívia enviou um exercito para ocupar o Acre causando assim em 1º de maio de 1899 uma revolta armada contavam com o apoio do estado do Amazonas.

Esses brasileiros se organizaram e uma revolta estourou um ano apos as tropas bolivianas estarem no local. Essa revolta contou com o apoio do estado do Amazonas e culminou com a proclamação da região como sendo uma república no dia 14 de julho de 1899. Nessa época o Governo brasileiro não percebia o Acre como território da Bolívia, assim, enviou tropas para o local no dia 15 de março de 1900 para acalmar os ânimos e revogar a república.

A Bolívia decidiu organizar uma expedição militar para conquistar o território porem, nessa segunda tentativa foram os seringueiros que trabalhavam no local que impediram o avanço dos bolivianos. Para completar, o governador Silvério Néri, do Amazonas, enviou outra expedição de defesa que declarou pela segunda vez o Acre como uma República independente, em 1900. Rodrigo Carvalho assumiu o cargo de presidente.

Brasileiros e bolivianos continuavam em guerra pela região. o avano militar boliviano fez com que a segunda República Acreana fosse dissolvida durando apelas um mês sua declaração.

Gravura de Plácido de Castro


          ¡Revolução Acreana!

Em 1902, Silvério Néri enviou um militar gaúcho, José Placido de Castro para reconquistar o território do Acre. Nessa investida lideradas pelo gaúcho obteve grande sucesso conquistando rapidamente toda a região. Essa manobra ficou conhecida como Revolução Acreana. Em 1903 foi declarada pela terceira vez a República do Acre, com importantes individuais declarando apoio à independência, o presidente Rodrigues Alves e o Ministro do Exterior Barão de Rio Branco. O Acre foi ocupado então por um governo militar sob comando do general Olímpio da Silveira.


Mapa da América do Sul em alemão de 1899 mostrando a região que viria a formar o Acre ainda como território boliviano
          ¡Tratado de Petrópolis!

Estrada de ferro Madeira-Mamoré

Os bolivianos tentaram mais um vez reverter essa situação e enviaram tropas com ordem do general Pando. Contudo, a diplomacia brasileira não permitiu que combates significativos acontecessem nesta ocasião. Antes das batalhas acontecerem, foi assinado em 21 de março de 1903 um tratado de paz inicial. Ao final do menso ano em 17 de novembro foi assinado o tratado definitivo.

No tratado ficou decidido que o Acre seria território brasileiro e que o Brasil pagaria um indenização a Bolívia de 2 milhões de libras esterlinas, entregaria algumas áreas da fronteira do Mato Grosso e que se responsabilizaria pela construção de uma estrada de ferro que permitisse uma saída da Bolívia para o oceano Atlântico. Essa estrada foi construída e hoje é chamada de ‘Estrada de ferro Madeira-Mamoré’,e tem 400 km de extensão.

Atendendo o Tratado de Petrópolis, o presidente Rodrigues Alves sancionou a lei que criava o Território do Acre (1904) - o primeiro do país - dividindo o Território em três departamentos: o do Alto Acre, o do Alto Purus e o do Alto Juruá, este último desmembrado para formar o do Alto Tarauacá em 1912. A administração departamental exercia-se, até 1921, por prefeitos designados pelo Presidente da República.
Essa designação de prefeitos causou uma intensa revolta da população. Em 1910 na cidade de Cruzeiro do Sul a revolta causou a deposição do Prefeito Departamental do Alto Juruá e proclamou criado o Estado do Acre. Cem dias depois as tropas federais atacaram os revoltosos e restabeleceram a ordem. Em 1913, um movimento de revolta ocorreria no Purus, em Sena Madureira, por motivos muito semelhantes ao do Alto Juruá. Em 1918, seria a vez da luta autonomista chegar ao vale do Acre, em Rio Branco, que protestou intensamente contra a manutenção daquela situação de subjugação ao governo federal. Porém ambas as revoltas foram igualmente sufocadas à força pelo governo brasileiro.

Com a queda do Ciclo da Borracha (1920), o movimento autonomista foi perdendo força, ressurgindo apenas uma década mais tarde, quando a Revolução de 1930 alterou completamente os rumos da república brasileira. Nesse momento, os acreanos acreditaram que poderiam, enfim, conquistar a tão sonhada autonomia. Mas foi em vão.

Com a constituição de 1934 o Acre conseguiu o direito de eleger dois deputados federais mas sem alterar o regime de indicação dos governantes do território. Seguiu-se mais um longo período em que as discussões autonomistas não passavam de conversas em intermináveis reuniões e de fundações de agremiações políticas e jornais que tinham como bandeira maior o autonomismo. Multiplicaram-se os simulacros de partidos políticos: Legião Autonomista, Partido Construtor, Partido Autonomista, Partido Republicano do Acre Federal, Comitê Pró-autonomia, etc. Assim como se multiplicavam os títulos de jornais com apelo autonomista, como por exemplo: O Estado, O Autonomista, O Estado do Acre.

Na década de 1950 o ex-governador José Guiomard dos Santos resolveu assumir a bandeira de transforação do território em estado elaborando um projeto de lei. Esse projeto de lei causou grande movimentação do território e chegou ao Congresso Nacional em 1957, tendo como Oscar Passos do PTB contrario a isso e Guiomard do PSD a favor.

Após muitos discussões e disputas o Congresso Nacional finalmente assinou a lei 4.070 de 1962 de autoria do deputado Guiomard Santos transformando o território em estado, nesse período o país era governado por João Goulart.



Inaugurada em 2006, a Passarela Governador Joaquim Macedo virou um cartão-postal da cidade de Rio Branco, Acre

A Praça Povos da Floresta em Rio Branco (AC) foi construída para homenagear o líder seringueiro Chico Mendes
Biblioteca pública em Rio Branco (AC)
Palácio Rio Branco, sede do governo acreano


Yawanawá, tribo indígena no Acre 

Memorial dos Autonomistas em Rio Branco, no Acre 


          ¡Revisão de litígio!
Em 4 de abril de 2008 o já estado do Acre venceu uma disputa judicial com o estado do Amazonas a respeito de uma disputa territorial que arrastava por 26 anos. O motivo foi que a Linha Cunha Gomes, demarcada no inicio do seculo XX para servir de fronteira entre os dois estados fora traçada erradamente. A justificativa era que em meados da década de 1940 descobriu-se que parte dos municípios Tarauacá, Feijó e Sena Madureira, que deviam pertencer ao Acre (e que inclusive estiveram presentes na história deste estado), estava dentro do território amazonense. Foi então adotada provisoriamente pelo IBGE uma linha quebrada com quatro segmentos em 1942.

Durante anos houve casos que esses municípios tiveram administração conjunta entre os dois estados. Mas, ao final de 90 o IBGE começou a apoiar o pedido do Acre de receber os territórios definitivamente sendo aprovada com a decisão do Supremo Tribunal Federal.

Ao total seis municípios no sul do Amazonas foram atingidas com a decisão. São eles: Envira, Guajará, Boca do Acre, Pauni, Eirunepé e Ipixuna.A redefinição da Linha Cunha Gomes consolidou a inclusão de 1,2 milhão de hectares do complexo florestal Liberdade, Gregório e Mogno ao território do Acre.
____________________________

Dados estatistifico:

Capital
Rio Branco
População estimada 2015
803.513
População 2010
733.559
Área (km²)
164.123,739
Densidade demográfica (hab/km²)
4,47
Rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população residente 2015 (Reais)(1)
752
Número de Municípios
22
MunicípiosCódigoGentílicoPopulação 2010Área da unidade territorial (km²)Densidade demográfica (hab/km²)Série revisada - Valor adicionado bruto Total, a preços correntes
Acrelândia1200013acrelandense12.5381.807,966,9201.232
Assis Brasil1200054assis-brasiliense6.0724.974,181,263.534
Brasiléia1200104brasileense21.3983.916,505,5272.261
Bujari1200138bujariense8.4713.034,872,8118.921
Capixaba1200179capixabense8.7981.702,585,2151.370
Cruzeiro do Sul1200203cruzeirense78.5078.779,448,9907.550
Epitaciolândia1200252epitaciolandense15.1001.654,779,1240.599
Feijó1200302feijoense32.41227.975,441,2261.652
Jordão1200328jordãoense6.5775.357,281,257.589
Mâncio Lima1200336mancio-limense15.2065.453,012,8146.546
Manoel Urbano1200344manoel-urbanense7.98110.633,140,878.787
Marechal Thaumaturgo1200351thaumaturguense14.2278.191,691,7144.691
Plácido de Castro1200385placidiano17.2091.943,258,9190.962
Porto Acre1200807portoacrense14.8802.604,885,7169.496
Porto Walter1200393portowaltense9.1766.443,831,481.032
Rio Branco1200401rio-branquense336.0388.835,5438,05.990.961
Rodrigues Alves1200427rodriguesalvense14.3893.076,954,7150.238
Santa Rosa do Purus1200435santarosense4.6916.145,610,844.478
Sena Madureira1200500sena-madureirense38.02923.752,901,6415.595
Senador Guiomard1200450guiomaense20.1792.321,458,7272.390
Tarauacá1200609tarauacaense35.59020.171,051,8325.184
Xapuri1200708xapuriense16.0915.347,453,0165.763
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
NOTA: Os dados do Produto Interno Bruto dos Municípios para o período de 2010 a 2013 (série revisada) têm como referência o ano de 2010, seguindo, portanto, a nova referência das Contas Nacionais.

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